Olá, pessoal. Como vocês estão? 2020 não está sendo fácil, o COVID-19 afetou nossa sociedade nos mais diversos âmbitos: cultural, econômico, religioso… enfim, tudo mudou… ou quase tudo.
Na História da Igreja, os cristão sempre enfrentaram desafios: nos quatro primeiros séculos de existência, fomos perseguidos; durante o período medieval, os cristãos assistiram as relações de poder entre Estado e Igreja e um continuo afastamento dos “pastores” de seus “rebanhos” (Padres e fiéis); na Idade Moderna, com a ascensão da Ciência Moderna, a Igreja foi questionada, afinal, chegou o paradigma da secularização.
Hoje, em nosso mundo contemporâneo, de relações líquidas, os Cristãos são chamados a serem Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5, 13-16). Mas, afinal, por que somos chamados a isso? Por que devemos, conforme o Papa Francisco nos pede, ser uma “Igreja em saída”? Temos alguma motivação real? Seria possível dar um curso somente sobre o nosso chamado a missão, mas não é o caso.
Os cristãos, diante dos maiores enfrentamentos, possuem uma luz, um guia: o CRISTO CRUCIFICADO. Vou explicar para vocês:
- Nem todas as pessoas eram crucificadas no mundo romano;
- A crucificação era um castigo aplicado, especialmente, aos escravos;
- Para os judeus, ter um “Messias” crucificado era motivo de vergonha, um escândalo (1 Co 1, 23).
Pois bem… quem foi o CRISTO CRUCIFICADO? O Crucificado foi o Filho de Deus que também é Deus!!!! Ele sofreu por nós.
E, hoje, quem o Cristo Crucificado representa? Ele representa a nós que sofremos com os flagelos de uma pandemia, de um mundo secularizado, um mundo desumano, um mundo que não garante o mínimo da dignidade humana para com o próximo: O CRISTO CRUCIFICADO TEM O RESTO DO SOFREDOR.
O cristão, diferente de tantos outros, tem uma luz fortíssima como guia e esperança: Jesus Cristo. Nós temos a mensagem escatológica da SALVAÇÃO eterna para nos alentar. Mas, só posso me salvar se eu salvar o meu irmão necessitado. É isso mesmo: A SALVAÇÃO ESTÁ ALI, NAQUELE IRMÃO QUE NÃO TEM O QUE COMER.
Falar é tão fácil, escrever então… nem se fale. Na frente do computador, com uma xícara de café quentinho, me sento um grande teólogo, teorizador dos melhores conceitos filosóficos…. grande coisa! O Cristo Crucificado, nosso guia, não está anotando os títulos dos meus textos e deixando arquivado numa pasta com meu nome… Ele está observando QUANTOS EU SOCORRI EM UM MOMENTO DE AFLIÇÃO. Aí o caldo engrossa.
Pois é, o Cristo Crucificado morreu por nós. Ele sofreu por nós. E agora nós temos a cara de pau de deixar nosso irmão sofrer? é….
O Cristo Crucificado é nosso guia espiritual, é o nosso protetor e inspirador. E toda vez que encontramos um sofredor, estamos olhado para Ele.
As relações humanas estavam frias antes da pandemia… e agora? É isso, todos os dias, temos a chance de melhorar, de agir e ajudar. Papa Francisco, como bom amigo, já nos falou: “Os pobres facilitam a entrada para o céu”. Mas, as vezes, parecemos os “macaquinho do zap”: cego, surdo e mudo.
Se cuidem, queridos alunos e leitores. Vamos vencer esse momento de dificuldade, pois, durante toda nossa História de caminhada, os desafios passaram e nós ficamos.
Prof. Daniel Longhini Vicençoni.
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